sábado, 5 de setembro de 2009

História de gente

Qual a verdade que há entre nós
Sábios de guerra, detidos pela paz
Amigos pelo sangue, unidos pelo pó
Amaldiçoados por amor, violência tanto faz

Choro do garoto pobre
Não pertence a erro meu
Comida da criança nobre
É tão certa quanto o cheiro teu

Suor do dia trabalhado
Pelo pão dividido ao meio
Quando não em três quartos
Sem direito a uma ida ao banheiro

Victoria, guess e prada
Três cachorros vira-latas
Avançam o escargot na estrada
Rejeitado pelo morador

Chorinho de neném bonito
Abençoado por Deus
Bem quisto pelos homens da Terra
Daquela que pertence ao bom Cristo Redentor

Grito de fome, berra o desespero
Barriga estufada, malária ano inteiro
Na terra de ninguém, passou a hora do almoço
Sol nascendo, homens de paz à vista, água e farinha -repouso.

No meio de tanta seca, coloca os óculos importados
Esconde a fé da missa passada
Olha com os créditos como se os de um rei
Descumpre as normas do mínimo bom senso

Mãos inchadas, pele de couro, escurecida pelo sol
Clareada pelo suor, envelhecida pelo pouco - tempo - pouco
Dicionário das ideias impostas, de meias palavras
Daquelas quase não capazes de lhe deixarem tirar as fraldas.

Então a chave da resposta pode ser este egoísmo?
Tão mesquinho e infinito, que te quebra por inteiro
Te soletra sempre ao meio
Te derrota como homem (...)
Te derrota como homem!

Um comentário:

  1. simmmmmm!!
    essa aí já tinha escrivinhado há tempos, já foi projeto de música, de poema, de videopoema de declaração de amor e tudo mais!
    =P

    essa sua foi inspirada na música do daza? auaehuea

    adorei tb Carol, vc não parecia ser tão sensível! IUHAIUAHIUAHIUAHAIUAI
    brinks


    Bjooooo!

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