quinta-feira, 6 de maio de 2010

Te odeio!


"EU TE ODEIO" - um bom título!
Idealizando um filme
impensado (s)
estagnado (s) (morno)

E quanto tempo não te vejo
Será a ti, pra quem escrevo?
Não, não fique (novamente) com medo
É só mais um poema-sem rima

Te proponho uma cena
toparias dançar só?
Largar fora tua carne
Entrar nú, seco, sem dentes afiados

Não me lembre do egoísmo
da tua falta de amor próprio
Insignificância é fingir bondade
Estarás desnudo, "à mostra"

Caros amigos, bem vindos ao circo
dos poetas vivos
sem rimas com imãs de geladeira
nem som em tom agudo.

Olhem para ele, solitário
não ficou com nada!
Apenas restou sede
Pobre alma desalmada

Desapareceu por medo de ser menor
Ignorou o fato de que ser forte causa morte
Julgou indefesos, e no chão, pediu perdão
Olhou sua vestes, não mais serviriam-no

Chão sem terra, nem poeira
chão de terra de ninguém
quem alí avistou um santo
morreu de raiva por esquecer do flash.

Voltou, reverteu, quis falar
sem dentes pontiagudos, mal nenhum há
doces palavras sabor de névoa
mas ao final, preferiu calar - pobre homem

Cena 2

O público se cansa, falta lambança,
A noite virou carroagem
De dia não haverão mais expectativas
Morte ao destemido nú!

Sair de cena, sem problema
melhor que enfrentar a vida,
repetir história,
fazer jus à memória

(A minha talvez)


Envergonha-te cara pálida novamente
desta vez sem carne, sem olhos, sem brancura
sem matéria, és apenas alma
vale-me dizer, "das cem ternura"

pobre de espírito,
desolado,
pobre garoto podre,
coitado!

Não corra, não há chão
Não chora, pra quê perdão?
Dê gargalhadas, e tente dormir
Sente no Divã, conte-nos suas aventuras

Recite seus poemas,
traga-nos amores
que cheirem a flores, de preferência!
Mas se não houver, lembre-se que
"No final..... "

Céu!

Ou quem sabe por agora
neste instante (..)

e assim "eu te odeio"
que, por tão pouco
seria sua outra alma
e te traria para perto de mim

Mas prefira recusar-me
não participar da minha encenação
até um caminhão de coroas
não alegrariam meu funeral

Vá embora desta dança
de brincadeira de criança
coloca tuas vestes
não entenderias nunca

e nem por um milhão de motivos
eu tentaria te "encenar" novamente

O circo fechou.