quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Caso o acaso...














O acaso é o caso mal contado
O conteúdo distorcido
melhorado, desprogramado,

Disfarçado de alguém
que ressurge e some

O acaso é o vai e vem
do que já era pra ter sido
embora nunca houvesse

E, se ao acaso me encontrares,
não me perguntes o porquê
apenas não me saibas
por um breve instante.

quarta-feira, 13 de abril de 2011


Às vezes a gente tem
e nem é direito
que bate essa saudade
de não sei o quê
e nem onde
só sei que vem assim
e fica aqui..
até daqui a pouco.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Aprendendo..


O teu amor sereno
com ternura nas palavras
tocou-me hoje,
como há tempos não o fazia

Ensinastes mais um pouco
quem sou, nesse mundo louco
e assim, calmaria
afasta da alma solidão..

Então te admirei, por mais um dia
nessa noite fria, quase vazia
Encheste meu coração de paz
foi-se embora a melancolia
....

És a parte viva de mim,
que ainda respira,
que ainda sente,
que vale a pena viver!

Obrigada mãe..!

sábado, 11 de setembro de 2010

Cores (ah, se pudesse oferecer ao mestre Mandela...)

Cor mais sem graca
Pálida, sem tom
Não há mistura do mel das flores
Nem ardor, nem som

Envergonha-te, esconde
Esse rosto cretino
Por tanto ter aclamado a desgraca
Como se bom não devesse o negro ter seu destino

Liberta essa mesmice
Essa tua falta de humor, que já nasceu sem talento
Aplaude, de pé, a conquista da igualdade
Que por si, merecida, já havia tempo

Colore tua cor sem cor
Brilha essa luz apagada
Joga fora o branco perdedor
Admira tua nova estada

Diante de sons e cores que hão de permanecer
Até os destemidos deverão temer
Se não tiverem coragem suficiente
De assumir igualdade presente

Te envergonha cara pálida
Pede perdão ao teu passado
Por ignorar durantes anos a fio
Os verdadeiros heróis de tantos desafios..

Busca a verdade nos mestres
Semeia então a plenitude
Da verdade que chegou até ti
Não erre mais uma vez

Pois aos fracos, uma chance
De mostrar aos sábios que ainda há tempo,
Reconhecimento e perdão são premissas
Para uma nova era de acontecimentos.

domingo, 8 de agosto de 2010

Do jeito meu


Te amo no meu silêncio
no calafrio que passou.
Te amo calada, inquieta, irritada
diante o sol da meia noite

Perco o sono, rotina
olhares insanos
mentalizo teu sorriso
me encontro

não contente, ainda rezo
peço à alma acolher-me
sugo falsa esperança
fecho os olhos novamente

o sol diurno então ressurge
aos montes, raios infinitos
agora, pasmém, descanso
mas ainda te pertenço

entra no meu mundo
para que eu entenda o teu
apaga esse vício
de brincar de esconde-esconde

amanhã será a lua
visitante do meu sono
então não haverá mais tempo
se quiseres me encontrar

domingo, 25 de julho de 2010

the point is..


.. Difícil, mas posso contar um segredo..

Eu adoro três pontinhos...
Não suporto ponto final.

(...) - podem ser um final sem um ponto...

(...) - podem ser três pontos sem um final..

... Pode complicar no início,
simplificar demais no meio... tornar o desfecho "desfechado"...

(...) - Podem falar mais que milhares de pontinhos, ou, até mesmo de palavras...

(...) - Podem silenciar um erro...

(...) - Poderia te abracar nessa hora...



O ponto final é tão seco.

É tão direto.

Esnobe.

Sério.




Mas...os três pontinhos... eles são tão... tão flexíveis... tão enigmáticos.. que podem expressar até mais do que simples 3 pontinhos...!

Eles podem te ajudar a ser feliz...!!!!!!!!!!!

E é tão bom sorrir...

Sempre...!

Podem ser o reflexo de algo estranho, como a imagem de aliens dançando tango...(??!?)

E eu gosto de imaginar essa cena...

...


Podem ser vagos....




(...)





(...)



.....


... E eu poderia pensar em você nessas horas...



......





.. E te abracar apertado... mais uma vez..



.....



(....)




....







O ponto final é direto. É seco. É chato. Não me deixa sonhar.
Ele é tão bossal, que é difícil terminar uma história com final feliz, com um ponto final..!!!


Ops...!!

.... com um ponto final.

Os sapatinhos da Cinderela nao caberiam nela, se a história terminasse com um ponto final.

"O príncipe coloca os sapatinhos na sua bela donzela, e eles serviram como uma pluma."

Isso não é nada feliz...!! Que príncipe mais sem graca. Que pé mais sem tamanho. Que pluma mais pesada.

É tão diferente dos meus pontinhos...



Eu sei, sei mesmo... o ponto final faz parte da vida...

Às vezes é ponto, e deu.
Às vezes to indo, e fui.
Às vezes to cansada, e não enche.

Mas eu prefiro acreditar na magia dos meus pontinhos prediletos (...) ...

Prefiro dizer que estou indo, mas...
Que enquanto trabalhava eu...
lembrava daquele teu sorriso que...
um dia...
....


(...) !



... Pronto.. Você já sabe um segredo meu (...) =)


sábado, 5 de junho de 2010

Só enquanto estiver frio


Era tanta discrepância entre os dois, que,
sem nenhum houveram melhores semelhanças
- sem nuâncias
como dois iguais no vazio

Tão difícil era ler a mente de um,
do outro
que por descuido
ficou calado

Sentado, desesperado, desconsolado
Aturou seu corpo gelado no frio de fora
do lado de lá que não deu pra ver
a diferença que, de tão nítida, o fez descrer

Quando aquele um, que aguardava o outro
torceu o pescoço, de olho no moço
decepcionou, lastimou
sorriu, chorou, baixinho, chorou

Face a face o encarou
viu que estava desolado
ou, embora, acompanhado
havia algo de errado..

Preferiu deixar pra depois
quem sabe, se de um encontro à dois
o vazio se tornasse menos insano

Mas, cabe então, aqui, salientar
que, a tal resposta ao olhar
aguardará enquanto o frio houver,
até a ressaca do mar acalmar



..